“RESENHA #27: PARA SIR PHILIP, COM AMOR (OS BRIDGERTONS, VOLUME 5) - JULIA QUINN”

    • Páginas: 288

    • Editora: Arqueiro

    • Autor (a): Julia Quinn

    • Nota: 

Leia a resenha do livro anterior da coleção aqui!

Sinopse: Eloise Bridgerton é uma jovem simpática e extrovertida, cuja forma preferida de comunicação sempre foram as cartas, nas quais sua personalidade se torna ainda mais cativante. Quando uma prima distante morre, ela decide escrever para o viúvo e oferecer as condolências. Ao ser surpreendido por um gesto tão amável vindo de uma desconhecida, Sir Phillip resolve retribuir a atenção e responder. Assim, os dois começam uma instigante troca de correspondências. Ele logo descobre que Eloise, além de uma solteirona que nunca encontrou o par perfeito, é uma confidente de rara inteligência. E ela fica sabendo que Sir Phillip é um cavalheiro honrado que quer encontrar uma esposa para ajudá-lo na criação de seus dois filhos órfãos. Após alguns meses, uma das cartas traz uma proposta peculiar: o que Eloise acharia de passar uma temporada com Sir Phillip para os dois se conhecerem melhor e, caso se deem bem, pensarem em se casar? Ela aceita o convite, mas em pouco tempo eles se dão conta de que, ao vivo, não são bem como imaginaram. Ela é voluntariosa e não para de falar, e ele é temperamental e rude, com um comportamento bem diferente dos homens da alta sociedade londrina. Apesar disso, nos raros momentos em que Eloise fecha a boca, Phillip só pensa em beijá-la. E cada vez que ele sorri, o resto do mundo desaparece e ela só quer se jogar em seus braços. Agora os dois precisam descobrir se, mesmo com todas as suas imperfeições, foram feitos um para o outro.

Hoje seguiremos com a saga dos Bridgertons aqui no blog, e o livro da vez é "Para Sir Philip, com Amor". Que segue com a história da quinta filha da família. A espirituosa, Eloise Bridgerton. Eu confesso que enrolei muito para ler esse livro, por dois motivos. Primeiro: Fiquei bem chateada com o quarto livro da coleção. Segundo: Eu li muitas críticas negativas a essa história, isso me desanimou consideravelmente. Mas finalmente criei coragem, e admito que acabei gostando da história, mesmo com algumas ressalvas. Eu acho maravilhoso como às opiniões dos leitores variam quanto a uma mesma história. Enquanto uns podem amar uma história, outros podem detestar a mesma. Então por isso digo que é sempre válido ler os livros e ter nossa própria percepção quanto a história.

Bom, vamos ao que interessa, falar do livro. Ele tem alguns diferenciais mediante aos quatro livros anteriores. Uma delas é que o par romântico da protagonista, Philip, já possui filhos, então ele já tem uma vida parcialmente construída. E cabe a Eloise não só tentar se adaptar à Philip, como também tentar se dar bem com seus filhos, Amanda e Oliver. E em consequência às crianças têm um tempo considerável em "tela". E é bacana acompanhar a relação deles com Eloise, e com o próprio Philip. E além disso, uma outra coisa diferente, é que o protagonista masculino é viúvo. Então a autora nos mostra vislumbres do seu passado, e como uma relação sem amor pode ser extremamente desgastante e triste, para todos os envolvidos. Coisa que acontecia com muita frequência naquela época, principalmente entre a alta sociedade.

Eu vou falar um pouco dos dois protagonistas separadamente. Começando com Philip. Logo de cara nós temos a percepção de que o cara é mal humorado, rabugento e taciturno. E confesso que isso não me incomodou inicialmente, inclusive eu me identifiquei. Mas em certos momentos a sua grosseria e falta de modos era bem exagerada. Eu acho que não era necessário enfatizar tanto. Mas um ponto positivo desse personagem é que ele um senso crítico notório. Ele está sempre ciente de suas falhas, de quando estava errado, e de quando precisava se desculpar. Mas uma coisinha que me irritou é que apesar do mesmo estar ciente dos seus "problemas" ele não fazia nada para mudar a situação diretamente. E o fato dele simplesmente querer que Eloise fosse mãe dos seus filhos, me irritou muito, me deu vontade de gritar "Quer uma esposa ou uma babá?". Mas esses últimos dois fatos mencionados acima, mudam até o final do livro, fiquem tranquilos. Philip não é apaixonante, mas eu ainda o achei um bom personagem.

E agora, a nossa mocinha, Eloise é uma mulher inteligente, esperta, e muito independente e segura de si principalmente para aquela época. Uma coisa que eu gosto nessa personagem é que ela não fica remoendo, nem martirizando às coisas. Se ela precisa perguntar algo, pergunta. Se ela precisa falar, fala. Então é ótimo, porque ela vai logo direto ao ponto, sem muitos dramas. Mas a personagem em certos momentos idealizou demais amor, e todo mundo sabe que isso não faz bem a ninguém, inclusive ela própria. Mas não chegou a me incomodar, enfim, Eloise também é uma boa personagem. Eu só estava esperando mais dela, principalmente por suas atitudes nos demais livros. Mas deixo bem claro aqui que isso são expectativas de uma leitora boba (como idealizar coisas, criar expectativas também não ajuda ninguém) e que eu gosto da protagonista.

A história em si é bem monótona, a maior parte, então não esperem muita movimentação. A família Bridgerton não aparece tanto nesse livro como nos outros quatro. Mas quando eles finalmente dão às caras, eu não consegui conter os sorrisos de alegria. O livro também apresenta os dilemas dos personagens, principalmente os de Philip, que são parecidos com os de Simon e Anthony, todos envolvem pais. Mas eu achei Philip bem aberto para Eloise, dentro do possível. E eu amei que a cota de drama foi pouca, eu não sou fã de coisas muito dramáticas. Esse livro não é o melhor na minha opinião, mas ainda assim está presente no meu top três da coleção.

Resumindo, foi uma leitura agradável, rápida, eu gostei do desenvolvimento dos personagens e foi uma grande redenção em comparação ao livro quatro, na minha humilde opinião. E fiquei feliz em ter lido o livro, mesmo após muito enrolação e encerro por aqui. Espero que vocês tenham gostado da resenha, beijos e até a próxima! (◕ᴗ◕)