“RESENHA #25: A CAÇADORA DE DRAGÕES (ISKARI, VOLUME 1) - KRISTEN CICCARELLI”

    • Páginas: 408

    • Editora: Seguinte

    • Autor (a): Kristen Ciccarelli

    • Nota:

Sinopse: Quando era criança, Asha, a filha do rei de Firgaard, era atormentada por sucessivos pesadelos. Para ajudá-la, a única solução que sua mãe encontrou foi lhe contar histórias antigas, que muitos temiam ser capazes de atrair dragões, os maiores inimigos do reino. Envolvida pelos contos, a pequena Asha acabou despertando Kozu, o mais feroz de todos os dragões, que queimou a cidade e matou milhares de pessoas. Um peso que a garota ainda carrega nas costas. Agora, aos dezessete anos, ela se tornou uma caçadora de dragões temida por todos. Quando recebe de seu pai a missão de matar Kozu, Asha vê uma oportunidade de se redimir frente a seu povo. Mas a garota não vai conseguir concluir a tarefa sem antes descobrir a verdade sobre si mesma e perceber que mesmo as pessoas destinadas à maldade podem mudar o próprio destino.

Ei, gente! Hoje eu vou falar de "A Caçadora de Dragões" o primeiro volume da trilogia "Iskari". Cada um dos três livros dessa trilogia conta a história de um personagem, ou seja, todos os três são narrados por pessoas diferentes. No entanto, tudo dentro do mesmo universo literário, e não é possível ler os livros aleatoriamente. Se não, muito provavelmente o leitor vai ficar totalmente perdido quanto a história. Mas nesse primeiro volume em específico vamos acompanhar a história de Asha, a caçadora de dragões.

Eu vi resenhas desse livro em alguns blogs, e fiquei interessada em ler a história, pois me chamou muita atenção. Um universo literário novo e com dragões sendo um dos focos principais da história, é algo de se encher os olhos para quem curte uma boa fantasia. A história do livro já começa bem movimentada, com Asha colocando suas habilidades de caçada em prática. Assim como nessa cena, quase o livro o todo segue essa linha mais eletrizante. Mas a história de verdade só começa a se desenrolar mesmo, quando Asha conhece um escravo ousado, chamado Torwin.

E falando em escravidão, o uso disso no livro foi uma coisa que me irritou profundamente. Os skrals como são chamados no livro, são tratados como criaturas inferiores e humilhados durante a história inteira. Quando na verdade, eles só são prisioneiros de guerra, que perderam a batalha, e foram escravizados. Não são monstros. E não tem ninguém para se impor contra isso no livro, os personagens principais só vão deixando rolar. Porém, quando foi conveniente, eles fizeram algo a respeito. 

Além disso, a questão da escravidão, foi usada como pretexto para justificar muitas coisas que aconteceram durante a história. E eu achei isso muito repetitivo e batido. Uma outra coisa batida é que sempre que os personagens principais estavam fazendo algo que não "deveriam", acabavam presos. E é sempre a mesma coisa. Aconteceram tantas vezes que chegou há um ponto que tudo estava previsível.

Mas uma das coisas interessantes no livro, é que alguns capítulos começam com contos que explicam às coisas que antecederam a história atual. Os mesmos contos antigos que supostamente envenenaram o reino. Isso deixa o leitor totalmente ambientado e ciente de como às coisas aconteceram, e chegaram àquele ponto, de onde o enredo do livro realmente começa. Falando agora dos personagens, eu não me senti apegada a nenhum deles, são todos esquecíveis. E uma outra coisa que me incomodou, foi a falta de descrição dos personagens, não saber a "aparência" deles, eu mal consigo imaginar a própria Asha.

Falando especificamente de Asha, ela é uma personagem que sofre muito ao longo da obra. Carrega um fardo muito grande e o peso da morte de diversas pessoas em seus ombros. Então ela é uma personagem que vive em busca de redenção. Ela é um pouco cru e insensível até certo ponto. Além disso, ela tem muitas atitudes incoerentes, imprudentes e egoístas, mas também é a personagem que mais evoluiu. Asha começou o livro de um jeito e terminou de outro. Mas ainda assim não me cativou. Eu confesso que fiquei extremamente apegada aos dragões, com dó deles e qualquer situação perigosa que os envolvia me deixava apreensiva, mas não senti nada disso por nenhum personagem.

Eu sinceramente queria ter amado esse livro, tinha tudo para acontecer, mas infelizmente não rolou. Se os próximos dois livros fossem narrados por Asha, eu não pretendia ler. Mas como vão ser "novas protagonistas" eu pretendo dar uma oportunidade. Mas o livro não deixa de ter um bom enredo, o universo literário foi bem construído, e a história é cruel e linda ao mesmo tempo. Mas houveram uma série de coisinhas, que não deixaram eu me apaixonar pelo livro. Mas é super válido as pessoas lerem e tiraram às próprias conclusões, pois tem pessoas que amaram o livro! Eu espero que vocês tenham gostado da resenha, beijos e até a próxima. (◕ᴗ◕)