“RESENHA #5: CORTE DE ROSAS E ESPINHOS - SARAH J. MAAS”

  • Páginas: 431
  • Editora: Galera 
  • Autor (a): Sarah J. Maas
  • Título: Corte de Rosas e Espinhos
  • Coleção: Corte de Rosas e Espinhos
  • Nota:

Sinopse: Depois de muitos anos de guerra, finalmente os feéricos e os humanos conseguiram coexistir, separados por uma muralha, de um lado Prithyan e do outro as terras mortais. Feyre é uma garota humana que perdeu toda a sua riqueza e agora faz o que pode para sobreviver e alimentar sua família. Em uma de suas caçadas, Feyre acaba roubando uma vida e agora deve pagar com o coração.

Em alguns momentos eu vou abreviar o título "A Corte de Rosas e Espinhos" por "acotar" que é equivalente à "A Court of Thorns and Roses" que é o título original do livro, esse nome é muito grande pra ficar repetindo várias vezes (risos). Brincadeiras à parte, eu estou avisando, porque eu que li a trilogia inteira não sabia que existia essa abreviação até um tempo atrás e ficava me perguntando "Deus do céu, o que é acotar".

Acotar é da escritora Sarah J. Mass. Antes de ler essa trilogia, eu havia lido a série trono de vidro, que é sensacional, por sinal. Então era inevitável não ter algumas expectativas à respeito dessa história. Como em outros livros da autora, esse universo também envolve feéricos, mas em mundo completamente diferente, novinho em folha que a autora criou. Trono de vidro e acotar são em universos completamente diferentes. 

Esse livro é em teoria uma releitura da "A Bela e a Fera" então meio que antes de ler o livro já dá para saber mais ou o menos o que vai suceder da obra, mas só até certo ponto. Aqui, Sarah cria uma história envolvente, com descrições belíssimas de cenários, a capa do livro é bonita, todo o livro, tanto físico quanto a história em si, são lindos! Eu não li o livro tão rápido quanto costumo ler esse gênero de livro (fantasia), normalmente. Não, não que a história seja ruim, muito pelo contrário. O livro é encantador, e acaba nos proporcionando um misto de sentimentos, alegria, tristeza, satisfação, indignação e principalmente raiva, existem algumas cenas/partes que são um tanto quanto arrastadas e irritantes, e principalmente àquelas que fazem você ficar com tanta raiva que dá vontade de gritar.

Essa escritora tem o dom de fazer os leitores sentirem muita raiva dos vilões/antagonistas, àqueles que você não sente nem um pingo de compaixão, no decorrer da obra inteira. Também ressalto que vale muito à pena ler, apesar dos pesares. Em algumas  partes do livro a história é tão cativante, que você se sente engolido pela trama e fica difícil parar de ler, eu particularmente acho que o livro fica mais interessante do meio para frente. Na maioria dos livros que eu li que possuem feéricos e humanos, para esses seres supostamente tão poderosos ser humano é sinônimo de fraqueza e que uma mera vida mortal não vale nada, mas aqui vamos ver que a coisa não é bem assim!

Os humanos e os feéricos "vivem" de maneira muito desigual, é exorbitante a diferença em relação a qualidade de vida, enquanto os mortais após a muralha ser erguida ficarem com apenas uma pequena fração de terra, em contrapartida os feéricos obtém uma parte gigantesca, a história de acotar começa muito antes de Feyre sequer dar indícios de que viria ao mundo. Eu particularmente acho muito interessante essa coisa de passado e presente se interligarem, e também por causa do passado ser importante, você acaba entendendo a motivação de alguns personagens e porquê algumas coisas precisam ser feitas. Mas de maneira geral, a grande heroína dessa história é Feyre, e merece todos os meus elogios, exceto pelas escolhas amorosas.

CUIDADO: ALERTA DE SPOILERS, DAQUI PARA FRENTE É POR SUA CONTA E RISCO

Agora falando uma pouco da nossa protagonista, a família de Feyre perdeu a riqueza quando ela ainda era muito nova, ela inclusive é a mais nova de três irmãs, as outras duas são Nestha e Elain. Então ela aprendeu pouquíssimas coisas com relação à educação, ela é analfabeta (e quase morreu por causa disso) entre as irmãs isso era motivo de inferioridade, Nestha faz questão de lembrar isso para Feyre frequentemente, como faltava estudo, nossa querida Feyre adquiriu outras habilidades tão importantes quanto.

Então a protagonista da história, observou, aprendeu e com umas poucas moedas comprou um arco e flechas e começou a caçar para alimentar a família. Aqui nós vemos o brilhantismo de Feyre, que ela se dispõe a fazer o que ninguém mas fez, se não fosse por ela a família teria morrido de fome há tempos, além disso, Feyre é habilidosa pintando, e também muito inteligente no quesito sobrevivência (montar armadilhas, caçar e espreitar). 

E uma dessas caçadas, Feyre acaba matando um feérico na forma de lobo, (lendo o livro a gente fica meio na dúvida se ela sabe que é um feérico ou não, mas eu tenho a sensação que ela sabia sim estava se enganando ao assumir que não era) e nisso o Grão senhor (Tamlin), desse feérico vem cobrar a dívida de Feyre pela morte do membro da sua corte, mas em vez de matá-la, ele leva a nossa querida Feyre para a corte primaveril (Prithyan, do outro lado da muralha) onde ele governa, e lá Feyre deve permanecer, e como é uma premissa de "A Bela e a Fera" vocês já devem imaginar o que vai acontecer. Uma maldição precisa ser quebrada, um "eu te amo" falado, e um humano se apaixonando verdadeiramente por um feérico e essas coisas. Bom, mas as coisas não acontecem como deveriam e Feyre e levada de volta para o mundo mortal sem dizer as palavrinhas mágicas "eu te amo" antes do tempo para a maldição ser quebrada terminar. E a pessoa que jogou a maldição em Tamlin e sua corte vem cobrar a dívida (Amarantha).

Daqui para frente nós vemos a prova da força e determinação de Freyre novamente, quando ela vai atrás de Tamlin, lutando contra tudo e todos para resgatar o seu amado, Feyre é humilhada, machucada e "quase morre". Nessa parte da história me dá vontade de esbofetear a cara do Tamlin, Feyre indo se sacrificar pelo povo dele, que não a reconhece, por feéricos que mal consideram seres humanos dignos de viver e ainda assim ele não faz nada por ela, apesar de dizer que a ama. Eu não suporto esse personagem, eu já li todos os três livros e o meu ranço por ele só aumenta (Tá, no terceiro diminui um pouco). Mas não se preocupem, a nossa querida protagonista não está completando sozinha ela ainda tem alguns aliados e ainda faz mais alguns (como Lucien e Rhysand). Mas ainda nesse livro conhecemos personagens encantadores que merecem muito destaque nessa resenha (como Rhysand), mas não vou mencionar todos aqui, porque são muitos e nem três mil palavras seriam o suficiente, mas recomendo que vocês leiam e aproveitem a história.

Eu já li os três livros da trilogia, confesso que esse não é o meu preferido, tenho tendência por "Corte de Névoa e Fúria" que é o segundo livro, mas vale muito a pena ler todos, conhecer suas histórias, amar e odiar, e se emocionar junto com os personagens, o final desse livro faz quase como se esse livro pudesse ser único e encerrar a história por aqui mesmo, apesar de algumas pontas soltas. Mas graças ao bom Deus, Sarah J. Mass fez mais dois livros sensacionais. Espero que vocês tenham gostado da resenha, beijos e até a próxima! (◕ᴗ◕)
 

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