“RESENHA #6: REINO DE CINZAS (TRONO DE VIDRO, VOLUME 6) - SARAH J. MAAS”

  • Páginas: 936
  • Editora: Galera 
  • Autor(a): Sarah J. Maas
  • Título: Reino de Cinzas
  • Coleção: Trono de Vidro
  • Nota:

Sinopse: Capturada pela rainha sombria e posta em um caixão de ferro, Aelin precisa ser forte para não se render às torturas de Maeve, pois sabe que isso condenará aqueles que ama. Embora tenha resistido por vários meses, sua determinação começa a diminuir a cada dia. Com Aelin presa, Aedion e Lysandra se esforçam para defender Terrasen da destruição total. Mas eles logo percebem que os muitos aliados que reuniram para combater as hordas de Erawan podem não ser o suficiente. Espalhados pelo continente, Chaol, Manon e Dorian precisam correr contra o tempo para encontrar seus destinos. Toda esperança de salvação e de um mundo melhor se encontra por um fio. E do outro lado do oceano, com seus companheiros inabaláveis, Rowan luta para encontrar sua parceira e rainha capturada, antes que a perca para sempre. 

CUIDADO: ALERTA DE SPOILERS, DOS OUTROS VOLUMES E TAMBÉM DESSE LIVRO, DAQUI PARA FRENTE É POR SUA CONTA E RISCO.

Reino de Cinzas é o último livro da série Trono de Vidro da escritora Sarah J. Maas. Eu tenho uma história com essa série, comecei a ler o primeiro livro duas vezes e não terminei, mas aí um belo dia procurando uma livro de fantasia para ler, resolvi dar mais uma chance para a coleção e foi amor a terceira vista, o primeiro livro está longe de ser o melhor da coleção, mas ainda assim é ótimo, e quando terminei o quinto livro, "Império de Tempestades", só tinham lançado a capa (que por sinal, é um colírio para os olhos, o design desse livro é deslumbrante) do sexto livro, gente, foi um sofrimento aguardar o lançamento de Reino de Cinzas. E para piorar eu só fui realmente ler o livro esse ano, mas valeu cada segundo de espera, na minha opinião esse é de longe o melhor livro da coleção, sendo precedido pelo quarto volume, "Rainha das Sombras".

Imaginem a minha felicidade ao concluir a série, foi indescritível, uma sensação de paz e satisfação, o livro é enorme, com mais de 900 páginas, e eu amei, porque eu adoro histórias grandes, nesse livro nós acompanhamos as lutas de vários personagens, Aelin, Rowan, Dorian, Chaol, Manon, Elide, Aedion, Lysandra e muitos outros. O livro é narrado por vários personagens, e nós conseguimos observar que a salvação de Terrasen e Erilea, não depende de um personagem, mas da união e da força de todos eles, cada um é importante a sua maneira. 

E o que Aelin e seu grupo vem plantando desde o primeiro livro agora está  dando frutos, (confesso que dá até uma emoção falar) todo o esforço, as barganhas, as perdas, os sacrifícios, principalmente da nossa amada protagonista, deixando de ser Celaena Sardothien para se tornar Aelin Galathynius, rainha de Terrasen, ela não é perfeita, muito longe disso, errou, acertou, amou, perdeu, sofreu. Mas eu só tenho orgulho e respeito por essa personagem.

Antes de Reino de Cinzas, temos Torre do Alvorecer, que é um livro canônico em relação a coleção Trono de Vidro, não faz parte da série principal, mas a história de Torre do Alvorecer é relevante para a história principal. Eu não li porque eu não gosto do Chaol, não me julguem, porfavorzinho, eu sei que ele é um personagem importante, que tem toda uma história e carga emocional, que evoluiu muito desde o primeiro livro, mas eu não gostava nem de ver pequenas partes dos livros narradas por ele, imagina um livro enorme que é (quase todo ou todo) do ponto de vista de Chaol. 
Então eu não gosto dele porque eu não gosto, acho ele chato, não é um personagem que me cativou, e é isso. Eu fiquei um pouquinho perdida inicialmente em Reino de Cinzas por causa de não ter lido Torre do Alvorecer, mas nem foi algo que me incomodou. Porém se vocês não tiverem problema nenhum com o Chaol, recomendo que leiam, já ouvi muita gente falar que a história é incrível.

No final de "Império de Tempestades" Aelin foi raptada por Maeve, então foi uma agonia esperar tanto para saber o que ia acontecer em seguida, mas foi pior ainda ver o sofrimento da protagonista, sendo torturada, todos os dias, por horas e horas, tanto física quanto mentalmente, foi horrível e agoniante. Também preso com Aelin, estava Fenrys, foi a única companhia da protagonista, os dois estavam compartilhando um sentimento de cumplicidade, (que eu tenho certeza que se tornará uma bela amizade) um ajudando o outro a manter a sanidade, mediante a tanto medo e sofrimento. 

Quando Aelin finalmente se liberta, foi incrível, e principalmente o que Fenrys fez por ela e por si mesmo foi memorável, lutando com todas as suas forças, em ato desesperado, com o último fio de esperança. Mas a nossa protagonista salvou a si própria, com a ajuda de Fenrys, Rowan e seus companheiros que procuraram por ela com tanto afinco. Ver ela livre foi como tirar um peso do meu coração. Ah, que alegria!!!

Todos os personagens tiveram o seu papel na história, todos tiveram o seu momento de brilhar, Dorian, Aelin, Elide, Manon e as treze, Chaol, Aedion, Lysandra, Gavriel, etc. Mas os que mais tiveram destaque com certeza foram Dorian, Aelin e Yrene (que mulher sensacional, Chaol deveria agradecer por ter essa pessoa incrível ao seu lado), pelo menos na minha opinião, os feitos deles foram gigantescos merecem ser lembrados para todo o sempre.

Tem muitas cenas, acontecimentos, não dá pra comentar todos, (o livro é gigante mesmo) mas com toda a  certeza  a maioria deles foi muito marcante, tem aqueles que você se emociona, que você fica apreensivo, que fica com medo, que fica com vontade chorar e principalmente aqueles que você fica totalmente envolvido com os personagens, que você vivência tudo àquilo junto deles. Sarah J. Maas tornou esse livro extremamente viciante e cativante.

O livro é repleto de batalhas paralelas até culminar na guerra final e a última batalha entre Erawan, Aelin e Maeve. Essa é a única ressalva que eu tenho a fazer para esse livro, eu esperava muito mais dessa luta entre eles, eu criei muitas expectativas, eu acho. E então na minha opinião faltou emoção, uma batalha ardente daquelas que te tiram o fôlego. Mas são só um/dois pontos negativos, perto de milhares de pontos positivos. E eu achei até que muito heroico o fim que Yrene e Dorian deram a Erawan. E bom, até que de maneira geral tudo ficou muito satisfatório.

Já em questão de romance eu fiquei muito muito contente vendo todos os casais tendo os seus finais felizes ou pelo menos o indício de que seriam felizes, Rowan e Aelin apesar de serem o casal principal não são o meu preferido. Meu coração derreteu feito manteiga quando Elide e Lorcan se reconciliaram, Aedion e Lysandra também (uma felicidade genuína) e o meu casal preferido, Dorian e Manon, indo em direção aos seus reinos, dando indícios de que uma união/casamento surgiria em breve. Só faltou eu dar pulinhos de alegria, e com tantos personagens para ter um final fechado, foi incrível o que a escritora fez, juntou todas as pontas soltas, às uniu e deu um nó perfeito. O final foi maravilhoso, eu amei (isso é só a minha opinião, não achem que sou puxa saco, "risos" é só que foi muito bom).

Esse livro fez valer muito à pena a espera, eu fiquei muito feliz de finalmente ver Aelin realizando os seus sonhos e dela ter ganho uma família, eu só tenho elogios para Sarah, ela fez um ótimo trabalho, uma história incrível. Foi um encerramento sensacional, digno da série e ainda com direito à um pequeno spoiler de "A Corte de Rosas e Espinhos". Foi gratificante ter acompanhado a história da nossa protagonista e seus companheiros até aqui, o que fica agora são as lembranças épicas e o aguardo por outras histórias de Sarah J. Maas. E nós terminamos essa incrível jornada com a promessa de um mundo melhor! Espero que tenham gostado da resenha, beijos e até a próxima. (◕ᴗ◕)

Era uma vez, em uma terra que há muito se tornou cinzas, uma jovem princesa que amava seu reino…

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